Tudo me parecia cinza, esparso e também estranho. E o mesmo acontecia com os dias, com as músicas, com a sua face iluminada em um filme noir clássico e impecável. Também as estrelas, o céu sufocante e infinito, o amor que nos aprisiona debaixo das principais constelações, anjos e Beethoven à parte.
Eu via tudo isso e tudo isso me parecia cinza, eu pensava, isso também está dentro de mim, enquanto eu caminho soturno pelos bares e avenidas, respiro, transbordo cambaleante pela superficialidade das coisas.

terça-feira, dezembro 13

No aeroporto, caminhamos ao ritmo das chamadas de voos.

Me você me dá um beijo de chegada, sorrimos muito, fechamos os olhos.
Voamos entre as companhias como se fossem divisões de supermercado.

Onde será nosso próximo beijo de chegada?

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