Tudo me parecia cinza, esparso e também estranho. E o mesmo acontecia com os dias, com as músicas, com a sua face iluminada em um filme noir clássico e impecável. Também as estrelas, o céu sufocante e infinito, o amor que nos aprisiona debaixo das principais constelações, anjos e Beethoven à parte.
Eu via tudo isso e tudo isso me parecia cinza, eu pensava, isso também está dentro de mim, enquanto eu caminho soturno pelos bares e avenidas, respiro, transbordo cambaleante pela superficialidade das coisas.

segunda-feira, dezembro 5

E ele me pergunta daquele jeito estúpido de sempre: o que você quer de mim? E eu tento ser o mais honesta possível quando digo que quero ser só tua. E que você quisesse só a mim. Entende? Eu queria que tu me escondesse do mundo. E que tivesse medo de me perder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário